7 de out. de 2009

O que eu queria dizer....


Eu queria dizer, mas hoje estou sem palavras, talvez sem sentidos e quem sabe até mesmo sem nenhum sentimento?Esta foi a melhor tradução pro que sinto agora...

Nada além...

Você não quer ver nada além do seu umbigo

E eu quero ver o que há depois do perigo
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores
Enquanto você fantasia suas dores de amores

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Você não quer ver nada além do seu mundinho
E eu prefiro escrever meu próprio caminho
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Você sonha ser principe em castelos fabulosos
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Fique com os seus bonsais, seus haicais
Sua paz, suas flores, seu jardim de inverno
Se isso é céu
Eu prefiro meu inferno

Porque você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Frejat.

29 de set. de 2009

Caça às Bruxas - Aberta a temporada!


Reabriram a temporada de caça às Bruxas. Tá ficando chato ser sempre a primeira indicada pra fogueira... Tô virando "hor concur"...Mas vamos lá, perder 5 minutinhos pra dar atenção e botar mais lenha nesta fogueira, literalmente....


Não sei o que incomoda tanto: Se minha loucura ou meu excesso de lucidez...
Se as vozes que ouço ou as palavras que falo. Mas pouco importa...

Não nasci pra Joana D'arc, não tenho vocação pra mártir... (muito menos pra santa!)

Não almejo ir pro céu, nem tampouco acredito no inferno.

Não me foco em estereótipos, nem me prendo a falácias...
Ando só por opção, não por falta de companhia!
Falo o que penso pra quem merece, mas me dou o direito de calar quando acho que não vale a pena.


Tenho a boca suja, a mente perversa, o coração mole e a lingua afiada...


Não me importo com a opinião alheia...
Jamais confessaria meus "pecados" prum Padre, mas não teria nenhum pudor em confessá-los na mesa de um buteco.


Gosto de sexo quente, de pegada forte, de chupada demorada, de beijo molhado, de abraço apertado.

De conversa profunda e de papo furado. Olho no olho, cumplicidade, cheiro de macho...

Amor eterno, mesmo que seja de uma noite só.


Não tolero gente hipócrita, gente burra, que "se acha" e que se finge de morta...
Sou boazinha, mas não sou piedosa.


Vejo além do que devia, enxergo através sem querer...
Que posso fazer se as pessoas são muito mais transparentes do gostariam?


Se incomodo é porque não me ocupo com gente pequena,
É porque não divido minhas loucuras com qualquer um,
É porque não aqueço a quem não vale a pena.


Acenda a fogueira...Tô Levando o queijo e o vinho...


Mas só um aviso: Morro queimada, mas bebendo e dançando!! Celebrando o meu direito de não me curvar às tendências e às incoerencias de um modelo ao qual definitivamente não me encaixo...


Te espero perto do fogo, tá?

28 de ago. de 2009

Confusa...


Não sei para onde ir. Nem sei mesmo se quero ir a algum lugar...


Quero pensar até encontrar a solução, mas ao mesmo tempo quero esquecer tudo, esquecer de todos, esquecer de mim...


Quero correr por ai, sem rumo, sem destino, sem direção, gritando e cantando, mas quero também ficar só, quieta, muda, encolhida...


Quero acreditar nas pessoas e na sinceridade dos seus atos, mas quero também deixar de acreditar que existe por ai, em algum lugar alguém que realmente seja sincero...


Quero sentir tudo, cheiro, gosto, toque, mas quero deixar de sentir...


Quero ficar perto, mas quero estar muito longe...


Quero que o mundo se acabe, mas quero muito viver...


Quero deixar de ser tola, mas quero a tranquilidade dos idiotas que passam pela vida sem perceber ao seu redor...


Quero que tudo isto se acabe, mas quero saber o que vou fazer quando tudo acabar...


Quero a profundidade das emoções, mas quero a superficialidade dos sentimentos...


Quero não sentir o que sinto neste momento....Quero sentir intensamente, sem receios, apesar dos riscos...


Quero que as pessoas respeitem umas as outras, mas quero perder completamente o respeito por alguém...


Quero que o desejo se transforme em indiferença, mas quero também que seja mais que um desejo, que seja real...


Quero que esta noite se acabe e com ela leve todos os sentimentos ruins, mas quero que o dia nunca chegue para que eu não sinta novamente as intuições que apontam para o óbvio...as decepções que me atormentam e os sorrisos que não são sinceros....



Cintia

25 de ago. de 2009

Como morango e chocolate...


Dia longo e exaustivo...


Sabe aqueles dias em que ao abrir os olhos pela manhã você já se questiona da real necessidade de tal ato e ja sente aquela vontade louca de jogar o celular na parede e matar o cachorro da vizinha?


Foi assim que meu dia começou...Acordo atrasada e antes mesmo de um bom dia grito um Puta que o Pariuuuu!!

É...os 5 minutos da soneca do celular acabaram virando 30...Corro como louca...Pra onde mesmo? Sairia correndo se a porra do chinelo estivesse ali, bem ao lado da cama como tinha deixado...quase 5 minutos depois encontro o bendito (ou seria maldito?) no lugar onde deixei...cacete...dormindo não enxergo nada e acordando atrasada só vejo mesmo alguma coisa após a topada (Leia-se: Depois de arrebentar meu dedinho em alguma quina)...

Toca pro banheiro e encontro o sabonete no chão...Eu odeio sabonete no chão..ok,ok,ok...mais um puta que o pariu não vai fazer diferença mesmo!



Melhor trocar de roupa logo, então vou atrás daquela calça, que não amarrota nunca e nem precisa de passar....tasqueopariu!! Ta queimada a ferro?..merda, merda, merda...vou de Jeans...Pronto...nem vou perder tempo reclamando!



Meia hora depois, roupa no corpo, hora de encarar a janela...é isto mesmo...tenho um back ligth no quarto..odeio claridade de manhã...caralhoooo!

Choveu a noite toda e eu nem vi?...trocar esta calça, pq vai arraastar e quando chegar ao centro vou estar 30 kg mais pesada......



Fui...Claro que não sem antes encarar um puta cachorrão no meio da rua...Ah, como eu odeio estas pessoas que não prendem seus lindos bichinhos de 2 metros e cheios de dentes....

Mostrei os meus dentes pro cachorro e acho que ele entendeu que apesar de estar em vantagem no tamanho a minha gana de enguli-lo era muito, mas muito superior mesmo...


Dia de cão no escritório...um azedume incrivel e por pouco não cometo diversos assassinatos... Mais um dia sem almoço... Do nada vejo no msn um sobrinho de um antigo noivo (de mais de 20 atrás) que vi nascer e me conta que vai ser pai...Pai? PQP, eu então seria quase uma tia-avó??? impossivel não passar o resto do dia pensando que todo aquele mau-humor poderia acarretar em dezenas de rugas a mais....Deprê total!

A todo minuto me pergunto: O que vou fazer na faculdade mesmo? E me respondo a cada segundo: O que vc já deveria ter feito há muito tempo e continua adiando... (Alias, já passou da hora de parar de adiar as coisas pela presunção que vai dar merda...Se no final sempre dá merda mesmo, por que não resolver logo de vez? Hein...Pura preguiça...)


Odeio estes monológos comigo mesma, por que ainda não conheco alguém mais cruel do que eu e sempre, sempre me fodo quando contra-argumento meus próprios devaneios...


Vou à merda da Faculdade, afinal nada que está tão ruim pode ficar pior...


Me encho daquela resignação peculiar da Madre Tereza de Calcutá e claro, depois de ter de resolver inúmeros pepinos consigo sair do escritório pontualmente as 18:45...


Vamos lá mulher...coragem...é só uma palestra...uma interminável palestra diga-se de passagem, mas só uma palestra...



Neste momento, meu estômago já está nas costas e minha paciência esgotada... Bora comer pra aliviar a tensão... Claro que em 10, 15 minutos, ou seja: tempo incrivelmente insuficiente para a minha primeira refeição decente (?) do dia ...mas, papo tava melhorando e com muita ajuda o dia poderia acabar sem nenhuma grande catastrofe...


Eis que de repente encontro a moça do bombom... E mais repentinamente ainda me lembro do conselho recebido nem sei mais a que hora do dia...Mas a solução não parecia assim tão ruim...



Morango e chocolate!!!! Aleluia, será que ainda mereço a salvação?... Devorei-os com toda a gula permitida a um ser a beira de um surto psicótico enquanto tecia minhas analogias....


Impossivel não comparar morango e chocolate com sexo... acalma, dá liga, aquece, lambuza, restaura as energias como sexo!!!

Mas a grande vantagem: Não reclama do seu mau humor, você não precisa pedir desculpas pelo mal jeito e nem desejar boa noite!!

Caralho, pior que nem posso dizer que descobri a América neste momento, por que toda mulher sabe disto, porém, prefere ignorar e ter dores de cabeça homéricas simplesmente por não ser capaz de declarar independencia ao objeto fálico ... Mas cada um no seu quadrado....

Enfim, começo a rever meus conceitos e retiro minha declaração de que sexo é remédio para tudo a qualquer hora...


Num dia de fúria, o melhor mesmo é comer algo que não fala, não reclama, te dá prazer, relaxa e não ronca a noite!!!!

Cintia

13 de ago. de 2009

Minha Princesa...


"Ontem, no entanto, perdi durante horas e horas a minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?E uma desilusão. Mas desilusão de quê? se, sem ao menos sentir, eu mal devia estar tolerando minha organização apenas construída? Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade."


(Clarice Lispector)


Medo, medo e medo!! Sensação de perda e de vitória ao mesmo tempo. Frio enorme na bariga por insegurança, medo mesmo... das mudanças, do crescimento e dos conflitos...
Eu tinha certeza que este momento chegaria, eu estava inclusive me preparando para ele, então por que motivo me pergunto a todo segundo se realmente a hora chegou?

Todo aquele discurso carregado de coerência e boas intenções, de razão e argumentos lógicos, era tudo da boca para fora? Não! Tenho certeza que não era..Mas então porquê dói tanto? Mas isto é dor? É tristeza? É apego? É proteção? Ou seria excesso de proteção?

Não...Eu não vou gritar, xingar, berrar... Mas eu posso me permitir a dor, ah.. eu posso sim!

Afinal, por pouco que tenha caminhado, sei quanto custou cada passo dado e não vou me permitir um retrocesso... Mas omitir a dor, não fará com que ela diminuia, não fará que ela desapareça...
Então a vida passa num flash back diante dos meus olhos e é inevitável não reviver cada alegria, cada preocupação, cada momento único...

Ela foi um presente... um divisor de águas em minha existência..

Fez com que eu descobrisse em mim um outro "eu", abrisse mão de toda loucura, toda insensatez
todo desvario de uma quase "juventude perdida"...

Eu me agarrei aquele ser tão pequeno como um naufrágo se agarraria a uma tábua que seria a sua salvação...

Eu não sabia nada, comecei exatamente do zero... Quase enlouqueci, tamanha a minha inexperiência diante daquele ser tão indefeso! (Mas que berrava o tempo inteiro!)

Ela foi a primeira e com ela aprendi a ser mais do que já havia sido até aquele momento, por ela e por causa dela aprendi o que era o medo, medo de perder, de ficar sozinha, de não saber, de não dar conta, de não ser capaz...

Mas foi ela que me ensinou também o que é o amor, puro, profundo e desinteressado....

Foi por ela que dei valor a cada noite de sono, que antes perdia por nada e que agora pareciam tão sagradas....

Tudo se transformou em mim, desde o momento em que ela chegou em minha vida... E confesso foi para melhor, muito melhor!
Agora é preciso coragem, muita coragem para afastar a minha covardia que insiste em querer negar que não posso mais tapar meus olhos e fingir que ainda tenho o controle...eu não tenho!

Eu não posso impedi-la de encontrar as alegrias e as dores, não posso impedi-la de viver e crescer, de sorrir, se encantar, se magoar e infelizmente não posso impedi-la de se decepcionar...

Sempre procurei não projetar em ninguém minhas expectivas, não seria justo deixar que minhas frustações a impedissem de experimentar....

Mas dói... mas incomoda e muda tudo dentro de mim.... pois estou perdendo aquela criança que tanta alegria me trouxe, que não vai mais querer meu colo, não vai mais precisar tanto de mim...

Mas por outro lado, estou ganhando uma amiga, uma companheira de todas as horas, uma cumplice em todos os meus dilemas...Fico feliz por ter conseguido conquistar também a sua confiança...

Filha, eu só queria dizer que apesar das minhas neuroses, da minha vontade de te proteger de tudo e de todos, EU TE AMO demais e não vou jamais querer amarrar ou cortar suas asas...antes pelo contrário, quero servir de apoio para que você voe cada vez mais alto, cada vez mais longe...

E acima de tudo quero que seja muito feliz!!

Que risco sagrado do acaso nos faça amadurecer juntas... E que o medo do desconhecido não nos impeça de voar!!!

Cintia

31 de jul. de 2009

Vontade insana...


Fim do dia, expediente acabando...Enfim chegou o tão esperado fim de semana...



Deveria estar neste momento prestes a pular para fora e me jogar num descanso merecido, afinal a semana foi dura, comprida e exaustiva.


Mas porque caralhos alados eu não estou me sentindo assim?


Só de ouvir lá fora o som das buzinas e do trânsito infernal, já me deu uma preguiça enorme de botar meus singelos pezinhos para fora do escritório!


E quando penso na quantidade de coisas que ainda tenho a fazer a situação fica pior...muito pior!


Talvez se lá fora estivesse chovendo, me atrevesse a encarar o fim de tarde... o sair do escritório e ter que atravessar um mar de mesas de pessoas felizes em seu happy hour...


E tomando cerveja gelada... e comendo, e rindo feito loucos (sabe-se lá se de alegria pelo fim de semana ou para esquecer todos os outros problemas) e encontrar o caminho de casa...


A chuva não seria para atrapalhar estas pessoas...Não me incomodo com a felicidade alheia, seja ela real ou ilusória faz parte da vivência de cada um...e eu estou pouco me importando com a forma que que as pessoas lidam com suas emoções...


Quero a chuva para lavar o tédio, deixar que ela escorra pelos meus cabelos, que faça a roupa grudar na pele, que bata no meu rosto e turve minha visão...


Quero a chuva pra botar os pensamentos em ordem e correr sem ouvir outro som a não ser o da água caindo, a principio num estrondo para depois, quando meu pensar estiver se fundindo à dança maluca das gotas, deixar que a sensibilidade se aflore de tal forma que cada pingo tenha seu próprio acorde e nota por nota, sem mais nem menos uma orquestra está formada.


E já não existe ninguém em volta, somente eu e o som...


E vou dançar como nunca, me despir das coisas que não me agradam, me sentindo cada vez mais leve, cada vez mais eu...


E no delírio deste momento vou gritar como louca, gritar até ficar rouca...


Sem me importar com o que passou, sem me preocupar com o que virá...


E então eu vou deixar fluir...


Que venha o fim de semana, que venha um novo tempo...Eu não terei mais receios...


Somente anseios e desejos...

15 de jul. de 2009

Releitura..

Hoje, em mais uma tentativa de fuga da minha realidade, resolvi dar um olhada no Multiply, que há muito tempo não atualizo...
Me deparei com o seguinte texto escrito por mim no dia 07/05/2007,há mais de dois os atrás:
"Entre a Razão e o Coração...
Segundo escritores e pensadores, ninguém é de ninguém nesta vida...
Se realmente isto é uma verdade podemos então amar, sentir, tocar e nos relacionar inadvertidamente?
Qual o motivo então de tantos devaneios, tanta busca, tanta procura?
Chega um momento em nossa vida que precisamos decidir entre o coração e a razão, momento este em que precisamos "amadurecer" nossos pensamentos e nossas atitudes e principalmente começar a agir de acordo com nossos principios...
É chegado este momento, confesso não saber que rumo tomar...Se por um lado a razão me empurra para uma atitude madura, para caminhar em direção ao futuro sem permanecer presa ao passado, por outro lado o coração sangra e grita incessantemente pedindo que não desista do amor, que não me canse de lutar por uma pessoa em especial, àquela pessoa que pode me fazer feliz, que pode me fazer crer em um mundo cor de rosa...
Enquanto não consigo encontrar explicações lógicas para minha vida, cresce a certeza que meu coração não me pertence, cresce a certeza do quanto meu mundo é irreal e cresce também minha vontade de sair gritando para o mundo o quanto amo você!!
Cintia R. Oliveira"
É incrivel como o tempo nos modifica e nossos conceitos mudam de acordo com os acontecimentos...
Continuo acreditando que ninguém pertence a ninguém e que nossos valores morais são sempre quem ditam nosso comportamento e nossa postura perante o outro.
Hoje consigo perceber que a busca se torna eterna tão somente por que não somos capazes de definir o que queremos, por sermos instáveis e por querermos tudo ao mesmo tempo.
E que droga é esta de ter que decidir entre a razão e o coração?
É eterno isto?
Pq sempre, sempre eu escolho a razão? E o que é ser racional quando não se tem noção do que é certo ou errado?
Princípios?...
Se isto for amadurecimento...Quero aprender a ser mais leve!
Lendo tudo isto me senti uma pessoa "apagada" que luta com seu próprio ego, seus sentimentos para tomar a atitude esperada, mesmo afirmando a todo momento que a opinião alheia não me importa, percebo as vezes que não só eu, mas as pessoas em si, têm esta postura..."Não me importo com o que dizem de mim, mas prefiro não dar motivos para que digam..."
Quanto mais penso mais longe fico de uma conclusão lógica...
Afinal, por que diabos é tão dificil conciliar o coração à razão?
Seria perfeito se pudesse ordenar ao coração o que deve querer e a quem deve amar, mas infelizmente isto me parece mais impossivel a cada dia...
Definitivamente, meu coração tem vontade própria! E estou cansada de brigar com ele o tempo todo... Por outro lado, não tenho certeza se estou realmente disposta a encarar a realidade que me impõe...
Não acredito mais que exista a "pessoa especial" muito menos o mundo "cor-de rosa", aprendi que não deixamos de amar alguém quando queremos, mas sim quando conseguimos enxergar através e descobrir que realmente não vale a pena...
Não quero mais sair gritando por ai que amo "alguém em especial"...
Hoje, sei que é preciso aprender a me amar... E isto por si só já está me dando um trabalho imenso...
Por ora, acredito que ainda não sou capaz de jogar para o alto este meu lado racional, que me impele a agir com prudência... Mas confesso que alguns acontecimentos têm me deixado um pouco tonta e bastante assustada...Não tenho a menor intenção de permitir que roubem meu coração, mas em alguns momentos não tenho tanta certeza assim, que ele ainda permanece vazio e por alguns instantes tenho uma clara impressão de que ele foi usurpado tão de leve que eu sequer me dei conta!!!

25 de jun. de 2009

Com a Palavra: Clarice!

Não tenho por hábito transcrever textos alheios...
Porém este é especial..Recebi por e-mail...e me encontrei de tal forma nas palavras da escritora que resolvi postar, pois eu mesma não seria capaz de me descrever com tamanha precisão...
Eu adoro Voar
Clarice Lispector


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.

Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.

Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.

Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.

Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.

Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.

Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.

Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade.

Já tive medo do escuro, hoje no escuro me acho, me agacho, fico ali.

Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.

Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.

Já chamei pessoas próximas de amigo e descobri que não eram Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR!

18 de jun. de 2009

Pensando em Osho, ou por causa de Osho?


Confesso que o máximo de informações que tinha sobre Osho eram frases soltas e uma referência ao nome que nada me dizia.


Até que um amigo muito querido,digo amigo por assim dizer, pois nos conhecemos a pouquíssimo tempo e não consigo mensurar a importância dele em minha vida, sabe aquela pessoa que surge do nada e te cativa sem ao menos te dar a chance de entender o que está acontecendo, que você tem a certeza que da mesma forma repentina que chegou vai partir, mas que jamais será esquecido, pois mudou toda a sua estrutura?
Então...Este amigo começou a falar de Osho e de sua importância. Me emprestou um de seus livros e me deixou sozinha com minhas reflexões...


Confesso que a principio ao ver o titulo do livro "Relacionamento - Amor e Liberdade" me ocorreu o pensamento: Como assim? Auto-ajuda?... E minha mente cheia de pré-conceitos em tudo que se relaciona a "Amor", "relacionamento" e "liberdade" logo se encarregou de desacreditar que pudesse encontrar algo que realmente pudesse mudar minha maneira de pensar, sentir e me relacionar com "o outro" e principalmente comigo mesma.


Ledo engano... Venho dar minhas mãos (as duas) à palmatória. Sequer acabei de ler o livro e tenho que admitir com muito custo e bastante a contragosto que ele está mexendo comigo muito mais do que eu jamais pensei que pudesse acontecer.


Tenho revisto conceitos, admitidos erros e me admirado com alguns acertos. A maneira tão simples e às vezes tão óbvia com que ele trata assuntos tão complexos, sem nenhuma linguagem rebuscada ou metáforas incompreensíveis, não te deixa brechas para um não entendimento, para uma compreensão equivocada.


Ele simplesmente diz...


E diz de uma maneira tão clara que algo dentro de mim começou a ebulir, a ferver, a intensificar.


Espero conseguir realmente lidar com todas as emoções (as velhas e as novas) que tudo isto está me causando. Volto ao livro, agora com a consciência mais leve por ter assumido o quanto uma ideia pré-concebida pode te fazer perder uma oportunidade, que talvez seja única, de crescer como pessoa, de se entender e de se encontrar.



"Estou aqui para seduzi-lo a um amor pela vida; para ajudá-lo a tornar-se um pouco mais poético; para ajudá-lo a morrer para o mundano e para o ordinário, de modo que o extraordinário exploda em sua vida."

Osho

16 de jun. de 2009

O Meu silêncio interior...

Psiu! Escuta...tá ouvindo?

Perfeito! Não tem nada pra ouvir, tá tudo tão calmo, tão sereno, tão tranquilo...

Parece incoerente... Parece contraditório....Pode parecer até loucura...Mas é silêncio!

Não aquele silêncio que dá medo, que paralisa, de quem não sabe o que dizer....

Não existe mais aquela "vozinha" interior que me acusava, que me reprimia, que me enchia de culpa...

Estou feliz, sem ser por outra pessoa, sem motivo especial...Estou em festa sem nenhuma data comemorativa...

Enfim, estou em paz comigo e pretendo permanecer desta forma ... Sem pressa!

Vou olhando o mundo com outros olhos, sob um novo prisma...

8 de jun. de 2009

Quero Colo!!!

O Simples fato de escrever esta frase no meu msn provocou as mais diversas reações...Fiquei pasma com a quantidade de pessoas que me chamaram para perguntar o que estava acontecendo e principalmente para questionar se não era piada, já que a maioria das pessoas não me acham suficientemente "frágil" a ponto de pedir publicamente um simples "colo"...
Quando escrevi a frase, em momento nenhum tive a intenção de "causar", muito menos de trazer a tona mais uma reflexão sobre meus próprios atos, mas diante de tamanha incredulidade da galera resolvi escrever sobre isto...
Não sei qual a impressão que passo às pessoas, mas odeio quando estas me rotulam como forte, pra ser muito sincera eu me irrito ao extremo quando vejo minhas emoções serem cerceadas a todo momento e quando me cobram uma postura absolutamente imparcial como se eu fosse um robô programado para ser racional, controlada e desprovida de emoções...
Sim, eu realmente não costumo me descabelar frente a um problema, luto por uma condição ao menos satisfatória para meus filhos, não tenho um "piripaque" cada vez que algo não sai como eu desejo...Mas de uma vez por todas, queria que se lembrassem que sou "gente" e como tal tenho sentimentos, saudade, raiva, alegria e em alguns momentos preciso de alguém para cuidar de mim...
E não vejo nenhum sinal de fraqueza em admitir isto, muito pelo contrário....
Há algum tempo venho cobrando de mim mesma um reconhecimento explícito dos meus defeitos, dos meus erros, pois acredito sinceramente que negá-los não me trará nenhum beneficio, antes pelo contrário, só me deixará mais vulnerável.
E se busco admitir o lado negativo, qual o problema em reconher as carências, as fragilidades?
Nenhum!!!
Portanto, quando disse: "Quero colo" eu não estava querendo dizer nada além disto....
Não existe nenhuma intenção oculta, nada a ser explicado, nenhuma catástrofe prevista....
Nada de ruim aconteceu e nem precisaria acontecer para provocar minha fragilidade....
É que tem dias que realmente tudo que eu queria era deixar de ser a que cuida, a que protege, para ser simplesmente cuidada, protegida.
Que diferença isto faz para a humanidade? Nenhuma! Mas se cada um olhar mais para dentro de si mesmo e ao invés de passar os dias criando rótulos para os outros, procurassem perceber que todos somos passíveis de grandes mudanças e que isto sim deveria ser o caminho natural de todos, quem sabe ao passar do tempo teremos "seres" mais "humanos" e uma sociedade menos caótica?
Tenho o hábito de dizer que não se tira nada que preste de um funk, mas a frase mais sábia que encontrei para encerrar a postagem foi:
"Cada um no seu quadrado"....hahahaha...Nao sei o nome do grande "pensador" que escreveu isto, mas pode mudar a humanidade!!!

5 de jun. de 2009

Qual a dificuldade em lidar com o Não???

Há algum tempo venho me questionando em relação a isto....
Não... Palavra tão pequena e impregnada de significados criados no subconsciente de acordo com a necessidade de cada um.
Quando criança o "Não" é uma tortura...Tudo que é bom é negado...tudo é proibido..
_ Menino não pode, menino não mexe, menino NÃO!!!
Parece que todos só sabem dizer isto, e ainda assim, a criança em sua "capacidade limitada" (digo capacidade limita levando em conta os anos de estudo daqueles psicólogos e estudiosos que as classificam dessa maneira, mas de maneira nenhuma isto expressa a minha opinião) assimila somente o fim da frase..."PODE", "MEXE"...e segue seu caminho, fazendo tudo que não deve e enlouquecendo àqueles que não aprenderam a lidar com a imaginação infantil e toda sua necessidade de descobrir o mundo a sua volta...
Já na adolescência, quantos "nãos" são utilizados para tentar conter um adolescente enquanto ele está com um fone nos ouvidos, tentando ignorar solenemente o que lhe está sendo dito?
Já adultos, percebemos a limitação imposta por esta pequena palavra, mas agora, ela não nos vem pelos gritos da mãe desesperada ou de um pai que precisa de silêncio para ler seu jornal....
Na fase adulta o "não" chega de todos os lados e te limita ao extremo, a ponto de sufocar sonhos, sentimentos e a capacidade de lidar com certas situações.
É, realmente ouvir um não como resposta, pode paralisar todos os projetos de uma pessoa que não se acostumou desde cedo lidar com diferentes limitações impostas e não aprendeu a classificar o "não" na maioria das vezes como uma oportunidade de pensar por si só, de agir por conta própria, de assumir seus próprios riscos...
Pode parecer bobagem... e é mesmo! (São minhas abobrinhas particulares, rsrsrs ) mas quando criança, quando adolescentes, sabemos lidar melhor com isto do que na fase adulta.
Quem nunca subiu numa árvore mesmo que a mãe lhe dissesse: Filho! Não sobre aí!
Quem nunca beijou escondido, fumou, bebeu, disse que ia pra casa de uma amiga, quando na verdade estava na balada que a mãe havia proibido anteriormente que você fosse?
A grande diferença é que antes por maior que fosse o medo de ser descobertos, não existia o medo de parecermos tolos, de parecermos inadequados, de estar transgredindo normas. E a lei do Politicamente correto, que só faz o que é certo e se afunda na mediocridade de uma vida pequena e cheia de recalques. Estas pessoas quando ouvem um não, não se perguntam o porquê, não questionam seus desejos e suas vontades e sim, seguem o que está escrito em uma cartilha carregada de valores e imposições, de normas e regras, ditadas por uma sociedade conservadora e fundada com base em doutrinas criadas por pessoas que pouco ou nada contribuíram para o seu sustento...A estes chamo de covardes! E mantenho distância...
Mas existem também aquelas pessoas que se negam a acreditar na verdade contida em um "Não", e seguem por ai negando os desejos dos outros, a vontade dos outros, os limites dos outros... Impõem seus sentimentos, suas percepções e mesmo diante da negativa alheia, se acham tão "super, necessários, absolutos" que não conseguem entender que alguém possa viver sem ser da maneira exata que estão determinando...A estes chamo egocêntricos! E tenho nojo...
Não consigo entender estas pessoas e tento de verdade buscar as respostas, não pretendo me sobrepor aos meus filhos, aos meus amigos, com atitudes dominadoras que beiram a tirania por não gostar (E eu não gosto mesmo!rsrsrs) de ser contrariada, mas não admito de maneira nenhuma que decidam por mim, como, onde e porque, devo ou não fazer alguma coisa...
Não vejo o "Não" como resposta definitiva e não sei se me encaixo em alguma destas categorias...
O que sei neste momento e isto é que eu queria dizer o tempo todo, é que quando eu digo "Não sei" e isto esta relacionado aos meus sentimentos pode ser prudência, pode ser receio, pode ser até covardia, mas é realmente o que sinto no momento.
Mas quando digo "Não quero" é por quê realmente acabou e isto é definitivo, pois expressa a minha vontade, o meu desejo e reflexões longas, buscando dentro de mim uma resposta para esta situação.
Não respeitar isto fere minha individualidade, fere meu direito de ir e vir, de fazer o que quero e de ser feliz....
E isto eu "NÃO" admito...

2 de jun. de 2009

Um novo Começo...

Apaguei todas as postagens...

E não existe nenhum problema em relação a isto, já que as abobrinhas me pertencem e faço delas o que bem entender...


Começo do zero, assim apago todas as coisas que já não tem (Agora sem trema?) nenhuma importância....

Começo de novo, buscando novos valores, novos problemas e novas percepções...

Tudo é novo, tudo esta mudando, o mundo está em constante movimento e eu percebi que somente a Cintia, digo, eu (recuso-me a fazer referência a mim mesma na terceira pessoa, coisa de gente doida!!) continuava estagnada, sem nenhuma evolução, remoendo os mesmos problemas e os mesmos conceitos (velhos, empoeirados e lotados de teorias enlatas e empurradas goela abaixo com o propósito de imbuir de culpa alguém que só buscava a paz).

A partir de hoje, continuo mantendo "os meus segredos" (O outro blog) trancado, mantenho a ideia inicial por pura preservação até o momento em que conseguirei (será que um dia vou conseguir? ) deletá-lo do espaço cibernético e seu conteúdo da minha alma, porém, meu coração que outrora estava trancado a 7 chaves, vem aos poucos rompendo as barreiras da minha neurose e confesso: Estou adorando, apesar de receosa começo a me sentir mais leve, mais branda, mais humana até.

Talvez faltasse em minha vida um outro olhar, uma outra expectativa ou quem sabe um novo desafio e percebo que esta falta decorria pura e simplesmente de uma postura egoísta, imatura até, de achar que o mundo se resumia ao meu próprio umbigo e aos meus "grandes problemas"...

O mundo é continua sendo um moinho, mas hoje, não me sinto mais o grão que é esmagado pela máquina fria para alimentar as necessidades alheias...

Hoje, começo a perceber que posso ser a água que impulsiona o moinho e que pode fazer com que ele gire a favor das minhas necessidades e não ao contrário...

Até a bem pouco tempo, somente existia a mãe, a profissional, a dona de casa, aquela que buscava somente a perfeição e se enchia de culpa por não conseguir carregar o mundo nas costas...

Hoje existe a mulher, a pessoa, a Cíntia (é na 3ª pessoa, mas faz-se necessário! rsrsrsr) ...com defeitos e qualidades, vícios e virtudes, sonhos e desejos...

Mas com certeza, alguém muito mais disposta a crescer além dos limites impostos por uma sociedade que ainda vive a hipocrisia de ditar regras que não cabem no contexto da "MINHA EXISTÊNCIA" !!!!