Quando chega a hora de dizer Adeus...

Nem sempre tudo pode ser como queríamos que fosse...

Chega uma hora em que todos os sinais nos apontam para o fim e nos recusamos a aceitá-lo.

O fim não acontece apenas porque o amor acabou, as vezes é necessário dizer adeus, mesmo quando o amor ainda transborda no coração.

E esta pode ser uma das decisões mais difíceis que alguém pode tomar...

Mas será que amar é o suficiente? Querer estar sempre perto é o bastante? Viver loucuras, ter o pensamento sempre naquela pessoa, basta?

Quando chega a hora de dizer adeus é preciso mais do que tudo isto, é preciso coragem...

Coragem para recomeçar, coragem para encarar a dor que virá pela frente, os momentos de solidão, de desespero...coragem para encarar que a vida é feita de escolhas e todas elas, sem exceção tem consequências...

Quando chega a hora de dizer adeus é preciso ter força para olhar nos olhos e não se arrepender,  é preciso se olhar no espelho e saber que o amor mais sincero e que pode um dia te fazer feliz é o amor próprio.

Tarde demais...

"Provação significa que a vida está me provando, mas significa também que estou provando, e provar, pode se transformar numa sede cada vez mais insaciável" Clarisse Lispector

Ela tinha um quê de insana...

Tinha uma vida difícil, mas acreditava nunca ter fugido de sua realidade...

As pessoas a classificavam como uma mulher forte, ela sabia que batia na vida por pura teimosia...

Não vivia...sobrevivia...Não planejava, apenas reagia...

Descobriu que tinha medo do desconhecido, e por diversas vezes, afastava de seu caminho, tudo aquilo (ou aqueles) sobre o qual ela não podia ter controle...

Acreditava que criara para si, muralhas de proteção que a impediriam de sofrer...

Mas acabou descobrindo que o que havia erguido em seu entorno, não passava de uma prisão, a qual a mantinha afastada de seus desejos mais secretos...

Apanhou tanto da vida que deixou de confiar cegamente, criou teorias da conspiração para explicar tudo aquilo que não entendia...

Ela deixou de viver, por vontade própria, escolheu isolar-se e anunciar sua descrença nos relacionamentos passionais..

Ela caminhou, aos tropeços e topadas, sem coragem de olhar na direção que mais importava.

Quando conheceu o amor, fugiu como um bichinho assustado, depois, se fez em pedaços esperando que alguém ajuntasse...

Ela não era capaz de entender (e se entendia, era incapaz de admitir) a necessidade que sentia de ser amada...

Passou a vida se escondendo de si mesma e, por diversas vezes, questionou diretamente a Deus para entender o motivo de tanta solidão,a explicação para tantas provações...

Ela não conseguia erguer os olhos e enxergar os presentes que Deus lhe ia deixando pelo caminho, pois, preferia sofrer por não tê-los a chorar por perdê-los...

Ela então, numa clara demonstração de sua insanidade, voltou-se para o seu intimo e conseguiu visualizar tudo aquilo que havia trancado por tanto tempo...

E foi neste momento que percebeu que ela não mais existia...Ela agora se resumia a um reflexo do amor que tanto quis negar...

Só que talvez tenha sido tarde demais...

E de chorar, já sou pranto;

de relembrar, esquecido

nas mãos palmas calejadas

cavando desejos proibidos;

E de pensar já sou louco

não há encontro para mim

não tenho nome em tua lista

não iniciei, sou sem fim;

Com tantos erros passados

ganhei má fama sozinho

com tantos passos errados

não encontrei meu caminho

Tentei abrir a mão e não vi nada

nem mesmo aquele beijo da mulher falada

nem aquele antigo abraço que ganhei;

eu lutei... perdi! Porque contigo errei;

E de pecados, sou negro,

de relutar, sou sem forças

de persistir, sou sem vista,

de agredir, comunista!

Não tenho eira, nem beira

não tenho amor para mim

não posso amar quem não aceita

lutar e ver fracassar

E vou seguindo sem luzes

ninguém verá minha partida

não quero deixar saudades

nem prantos na despedida;

E se me quiser na lembrança

guarde meu nome contigo,

meu nome, é nome, só nome,

é simples mais decisivo.

Na flor das noites de sangue

eu parto, sem chorar dor

eu parto, mas deixo contigo

o que fui aqui...

        ...deixo amor!

(Anderson Herzer)

Simplesmente Tola....

Ela era uma mulher "forte", independente e segura de si...

Ela seguia por seu caminho, ciente de que só podia contar consigo mesma e mais ninguém. Tinha em mente que só, sozinha, poderia percorrer caminhos que jamais poderia trilhar acompanhada.

Acredita que tudo em sua vida era fruto de suas escolhas, de suas lutas e principalmente de suas conquistas.

Não acreditava em atitudes passionais, prezava toda e qualquer forma de expressão racional, enfim: Ela era suficiente para ela mesma...

Mas o tempo passa...E junto a ele os conceitos, preceitos e idéias suplantadas. Ninguém pode enganar a si mesmo por todo o tempo.

E agora, ela com ela própria, não mais se entendiam...

Hoje, tudo que ela queria era ter alguém, não, alguém não!...Era somente a ele que ela queria...

Ele...que era feio, que era pobre, que era estranho, que era só ele...

Ele que se foi e deixou na frente dela um espelho, que não só mostrava sua aparência física, mas mostrava sua alma, sua essência...

E só então, ela percebeu...Ela era uma farsa. Tudo era mentira.

Ela é só uma mulher: Carente, desamparada, abandonada, perdida....

Ela se sente tão só em meio a uma multidão de rostos...E desta vez aquela solidão queimava como fogo, desta vez a ideia de que tudo foi uma ilusão e que ela se enganara desde o principio abarcava seus devaneios e arrasava com sua alma.

Naquele momento ela soube que nunca existiu amor, nem controle, nem esperança...

Somente a doce ilusão criada por ela mesma, a doce ilusão de que um dia existiu um amor....

Meus Pés...

Procuro um caminho...

E não é por falta de caminhar, que pareço não ter direção....

A vida às vezes apresenta determinadas bifurcações pelas trilhas sinuosas do caminho, que acabam por nos confundir e nos deixar atônitos perante a incerteza...

Não sei qual é o caminho certo, não tenho ideia de por onde começar...

Vou por entre os pedregulhos, por entre as fendas...

Meus pés já estão cansados, meus ombros, por ora, andam arqueados, parece que não sou capaz de nenhum passo a mais...

Mas sei que devo continuar, sei que preciso prosseguir...

Não quero deixar rastros, mas é inevitável...

Meus pés já começam a sangrar...Minhas roupas vão se rasgando...Mas vou continuar caminhando... já não tenho outra opção.

Lágrimas despontam em meus olhos e vão escorrendo pela face... Por mais que procure eu não encontro!

Não vou parar...Eu não quero parar... Preciso continuar...

Meus pés sofrem por minha teimosia, a cabeça não para por um instante sequer, os olhos agora vermelhos buscam desesperadamente no horizonte alguma sombra do que fui um dia.

já está ficando tarde...

Mas não vou parar...

Preciso encontrar um espelho que não reflita este vazio que existe dentro de mim...Preciso te encontrar para que devolva minha alma, que levaste contigo quando partiu.

Preciso encontrar você para me encontrar novamente.

A dor mortal do desapego...

Ainda tenho o mal hábito de analisar o dia a dia, as reações e os sentimentos das outras pessoas....Mas ultimamente cada vez com mais frequência, me vejo envolta em um novo e cruel vicio: Analisar a mim mesma.

E faço isto com uma ferocidade, com uma total falta de compaixão por mim mesma, que me sinto sufocar... Nunca me importei com as opiniões alheias, mas a minha opinião está cada dia mais intolerável.

Não que eu seja perfeccionista, muito pelo contrário....

O que me incomoda é a forma como tenho lidado com as mais variadas situações e sentimentos: Empurrando "TODOS" para debaixo do tapete e deixando a vida acontecer naturalmente, mesmo que, o que quer que esteja acontecendo, seja completamente contra o que eu pretendia.

Preciso aprender a libertar meus fantasmas e exorcizar meus medos, preciso reaprender a manipular minhas próprias energias em favor do bem comum (E me lembrar que meu próprio bem está incluso neste conceito).

Mas antes de mais nada, preciso aceitar que por maior que seja meu desejo, todas as evidências demonstram que não foram recíprocos e sendo assim, não me resta mais nada a fazer senão me esquecer ..., e fazer isto de coração, tentando não só desejar toda a felicidade do mundo, mas também não me entristecer ao ver esta felicidade.

Eu sei que em algum lugar por aí, existe uma estrela brilhando só para mim....

E vou tentar manter meus olhos, ainda que úmidos, abertos para o mundo e encarar de frente as conseqüências de minhas decisões.

Não sei se me perco ou se me encontro!

Caramba!

Quanto tempo não escrevo por aqui...

Juro que não terei outra crise e sair apagando todas as postagens....

Mesmo pq ainda não defini se me relendo me perco ou se me encontro...

Vou continuar pensando pq as vezes me jogo na escrita e pq as vezes fujo dela...

Talvez aí encontre as respostas de muitas das minhas dúvidas...

Vou pensar e volto...